• Um indivíduo parado em frente às águas turvas e turbulentas, refletidas em pequenos redemoinhos que criavam o perfeito contraste para ressaltar a majestade d’O grande—aquele que o mantinha hipnotizado. As colossais linhas circulares em torno de seu centro fantasmático não traíam a forma constante, mas jamais demonstravam sinal de aquietação: calada e intercaladamente, agitavam-se em aparente afogamento e pareciam multiplicar-se violentamente.

    Assim, indivíduo-escorado-no-pequeno-muro-transpassado-por-um-cano-metálico e barragem, ambos cobertos pela escuridão de mais outra, ainda outra noite invernal taciturna, criavam uma harmonia contraditória. Dois imperceptíveis em um respondiam espontaneamente à mesma batida, que o indivíduo sentia reproduzida na palpitação desritmada de seu coração. O que se via era uma dança caótica, friamente intensa e impecavelmente cadenciada pelo par—água e pulsão.

    Não era pilhéria. Magnetizado pelo momento e sua música torrencial—tão silenciosa quanto ensurdecedora—sentindo a sequência dos movimentos lancinante em seu próprio ser ( acompanhar o fluxo do vórtice não era apenas espetáculo, era performance crua… sente? sente? sente? ), o indivíduo soube seu comando esvair-se lentamente. À medida que a entrega aumentava, enfraquecia-se: confiava seu corpo às forças da natureza.

    Sem saber, estava a um instante de pular.


  • A solitary individual standing before murky, turbulent waters, reflected in small whirlpools that created the perfect contrast to highlight the majesty of The Great One—the one that held the individual spellbound. The colossal circular lines around its ghostly centre did not betray a constant form, yet never showed any sign of soothing: quietly, and intermittently, they swirled in illusive drowning and seemed to multiply violently.

    Thus, individual-leaning-against-the-small-wall-pierced-by-a-metal-bar and a dam, both covered by the darkness of another, yet another taciturn winter night, created a contradictory harmony. Two imperceptibles in one responded spontaneously to the same beat, which the individual felt reproduced in the fluttering of their heart. What could be seen was a chaotic dance, coldly intense and impeccably cadenced by the pair—water and drive.

    It was no jest. Magnetised by the moment and its torrential music—both silent and deafening—feeling the lancinating sequence of movements in their own being ( following the flow of the vortex was not simply a spectacle, it was raw performance… feel it? feel it? feel it? ), the individual realised that their control was gradually slipping away. As the surrender increased, there was an irreparable weakening: they entrusted their body to the forces of nature.

    Unaware, the individual stood on the brink of a leap.